Um homem, filho de uma respeitável senhora e de um digno carpinteiro começa
a percorrer as redondezas do mar da Galileia fazendo alguns milagres e chamando alguns
homens para ser seus discípulos. Começava aí uma nova doutrina que gerou um certo
desconforto à elite judaica na época.
Esse desconforto desencadeou uma série de eventos que acabaram por levar esse homem à
morte.
Mas o estrago já estava feito. Esse homem tinha pessoas que o seguiam e acreditavam
nele e, mesmo após sua morte e ressurreição(!) continuaram a pregar o que ele ensinou.
Esses homens, agora chamados ‘cristãos’ foram perseguidos e massacrados pela
classe dominante (judeus). Mas uma centelha permaneceu acesa, e os cristãos resistiram à
perseguição até que chegou um tempo em que os cristãos se tornaram politicamente mais
fortes que os judeus.
1889
Branau Am Inn, Áustria
O senhor Alois e sua esposa, Klara estão radiantes. Nasceu-lhes um menino. O
pequeno Adolf, o mais jovem membro da família Hitler.
Esse menino, depois de adulto e vivendo em Munique, tornou-se presidente
do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, também conhecido como
Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou apenas NAZI.
Criado como cristão, Adolf nutria ódio contra os antes perseguidores de sua religião, os
judeus. O resultado não foi muito bom.
De perseguidores os judeus passaram a perseguidos. E não sofreram sozinhos, negros
e homossexuais padeceram juntos sob a mão impiedosa do pequeno Adolf.
Mas resistiram, e a classe dos negros e, principalmente dos homossexuais permaneceu
firme até que chegou o dia em que se tornaram politicamente mais fortes que os cristãos.
2013
Brasília, Brasil.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
renuncia a seu cargo, deixando a vaga na mão do Partido Social Cristão.
O partido acha por bem eleger o deputado Marco Feliciano para a presidência da
comissão, e assim o faz.
É chegada, então, a hora de a classe que um dia foi dominada dominar e, de alguma
forma, se vingar dos crimes que outros cometeram muito antes de qualquer um de nós
existisse. Desde então, os grupos GLBTT vêm perseguindo o deputado pelo fato de ele ser
cristão. Não só isso. Pelo fato de ele ser pastor evangélico. Não só isso. Pelo fato de ele ser
declaradamente contrário às práticas homossexuais.
No fim, tudo se resume a um ciclo. Um ciclo no qual os oprimidos terão seu momento
de opressor.
Hoje, os ativistas gays lutam por alguns privilégios e, em nome disso, violam
direitos alheios, xingando, injuriando, desrespeitando e tudo isso sob os olhos passivos das
autoridades.
Acontece que a intolerância, principal motivo de toda a desavença ocorre de ambos
os lados, muito mais intensamente, aliás, por parte da parte que se diz oprimida e privada de
direitos.
Mas, assim como o mundo, a roda gigante do poder continuará girando, até o
momento em que alguém quebrar esse ciclo.
Talvez, se os judeus tivessem deixado aquele homem pregar em paz, o movimento
dele morresse de velhice junto com ele.
Talvez, se Hitler não tivesse tanto ódio pelos não-arianos, ele fosse lembrado como um
grande líder, não como um monstro.
Talvez, se os ativistas deixarem o Deputado Feliciano trabalhar, ele possa fazer muita
coisa pelo país.